O cenário eleitoral para a Prefeitura de Aracaju vem se consolidando como uma disputa acirrada entre a atual vereadora Emília Corrêa (PL) e a deputada federal Yandra Moura (União). O levantamento recente do Instituto DATAFORM/ECM, registrado sob o número SE-03119/2024 na Justiça Eleitoral, revela uma polarização crescente entre as duas candidatas. Embora Emília ainda se mantenha na liderança, a diferença entre ela e Yandra diminuiu consideravelmente, apontando para uma disputa que promete se intensificar até o dia das eleições.
A pesquisa, realizada entre os dias 10 e 12 de setembro de 2024, com uma amostra de 1.000 eleitores aracajuanos, evidencia o fortalecimento da candidatura de Yandra Moura. No cenário espontâneo, ela aparece com 23,5%, enquanto Emília Corrêa lidera com 27,40%. A diferença de 3,90 pontos percentuais entre as duas mostra que Yandra conseguiu reduzir o espaço que as separava, aproximando-se da liderança de forma consistente. Esse crescimento é confirmado também no cenário induzido, em que Emília tem 28,20%, e Yandra, 24%, com uma diferença ainda menor, de apenas 4,2 pontos percentuais.
Essa redução na diferença indica que o eleitorado aracajuano está reavaliando suas escolhas, e Yandra Moura vem ganhando terreno em um ritmo que, se mantido, pode colocá-la em uma posição ainda mais competitiva até o pleito. Além disso, o fato de que Danielle Garcia, que anteriormente figurava entre as favoritas, caiu para a quinta posição com apenas 4,60% das intenções de voto, corrobora a ascensão de Yandra como o principal nome a desafiar a liderança de Emília Corrêa.
Outro fator relevante é a rejeição dos candidatos. Emília Corrêa, apesar de liderar a corrida eleitoral, também apresenta o maior índice de rejeição, com 17,20%. Yandra Moura segue de perto, com 16,50%. A proximidade nos índices de rejeição sugere que ambas têm desafios a enfrentar para conquistar o eleitorado indeciso ou reticente. No entanto, a rejeição de Emília Corrêa sendo ligeiramente superior pode favorecer Yandra Moura, sobretudo na reta final da campanha, quando esses eleitores podem migrar em busca de uma alternativa viável.
Outro aspecto relevante da pesquisa é o desempenho do governista Luiz Roberto (PDT), que aparece em terceiro lugar com 12,20% no cenário espontâneo e 12,90% no induzido. Apesar de ocupar a terceira posição, sua pontuação está longe de ameaçar diretamente as duas líderes. No entanto, sua performance pode ser crucial em um eventual segundo turno, em que seu apoio será disputado por Emília e Yandra.
A queda de Danielle Garcia, que agora aparece atrás de Candisse Carvalho (PT), evidencia uma mudança significativa no tabuleiro eleitoral. Esse reposicionamento sugere que a base de apoio de Garcia pode estar migrando para outras candidaturas, com Yandra Moura sendo uma das principais beneficiadas por essa redistribuição de votos.
É importante destacar também a margem de erro de 3,10% e o intervalo de confiança de 95%. Isso significa que a diferença entre Emília e Yandra está dentro da margem de erro, o que aumenta ainda mais a imprevisibilidade do cenário. Considerando a tendência de crescimento de Yandra Moura e a polarização estabelecida, há uma possibilidade real de que a disputa entre as duas candidatas seja levada ao segundo turno.
Yandra Moura conseguiu construir uma campanha que, embora tenha começado em desvantagem, vem mostrando fôlego para disputar a Prefeitura de Aracaju de maneira competitiva. Sua trajetória política como deputada federal e a conexão com o eleitorado aracajuano parecem estar surtindo efeito, especialmente após as recentes mudanças no cenário eleitoral.
Com as próximas semanas de campanha sendo decisivas, é possível que Yandra Moura continue sua trajetória ascendente e chegue ao segundo turno, desafiando Emília Corrêa de forma direta. A incerteza permanece, mas o crescimento de Yandra é inegável e torna essa eleição uma das mais disputadas dos últimos anos em Aracaju.